quarta-feira, 17 de junho de 2009

CARACTERÍSTICAS DO IMPRESSIONISMO




OBS: Se você clicar em cima do texto abaixo você entra automaticamente na galeria on-line de Vicent van Gogh, outro impressionista maravilhoso.

A pintura deve mostrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz do sol num determinado momento, pois as cores da natureza mudam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
É também com isto uma pintura instantânea(captar o momento), recorrendo, inclusivamente à fotografia.
As figuras não devem ter contornos nítidos pois o desenho deixa de ser o principal meio estrutural do quadro passando a ser a mancha/cor.
As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam. O preto jamais é usado em uma obra impressionista plena.
Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim um amarelo próximo a um violeta produz um efeito mais real do que um claro-escuro muito utilizado pelos academicistas no passado. Essa orientação viria dar mais tarde origem ao pontilhismo.
As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário,devem ser puras e dissociadas no quadro em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se tornar óptica.
Preferência pelos pintores em representar uma natureza morta do que um objeto



Os impressionistas rompem os antigos preceitos

Subvertendo a ordem estabelecida pelos que os precederam, os impressionistas realizam, em fins do século XIX, uma das tentativas mais sérias de explorar o mundo visível através da arte. Buscando, acima de tudo, a revelação de novas imagens, não se contentam simplesmente em reproduzir a realidade. Quebram de uma vez com os antigos preceitos: ordenar o mundo a partir do modelo convencional, obedecer à simetria e proporção ditadas por um julgamento racional. No impressionismo, as paisagens são examinadas, estudadas e sentidas tão somente pelos olhos do artista que, inteiramente livre de conceitos geométricos, irá obedecer apenas à sua percepção sensorial no momento de reproduzir o que viu. Essa tendência para a liberdade de expressão causa, na época de seu aparecimento, inúmeras polêmicas e críticas. Apesar disso, é grande o número de artistas que acaba aderindo à nova maneira de observar e pintar as coisas. Seguindo o exemplo das figuras mais importantes do movimento, como Monet, Renoir, Degas e Manet, vão surgindo cada vez mais adeptos do impressionismo, entre eles nomes que se tornariam famosos, como Alfred Sisley, Camille Pissarro, Berthe Morisot, Mary Cassat e Eva Gonzalès.

Princípios da pintura impressionista

- A cor não é uma qualidade permanente na natureza, porque suas tonalidades estão constantemente mudando, sob a ação da luz solar.
- A linha não existe na natureza, é uma abstração criada pelo espírito do homem para representar suas imagens visuais;
- As sombras não são pretas nem escuras como foram convencionalmente representadas no passado, mas luminosas e coloridas;
- A aplicação dos contrastes das cores, com reflexos luminosos, segundo a lei das complementares;
- A dissociação ou mistura ótica das cores em substituição à mistura das tintas na paleta - pontilhismo, divisionismo ou neo-impressionismo.

Características gerais

- Inspiração realista, pinta somente o que vê;
- Caráter eminentemente visual, não se interessa pelos valores subjetivos, psicológicos ou intelectuais, o impressionista é considerado um artista alienado dos problemas sociais;
- Natureza científica resultante de simples intuição artística, a princípio é comprovado por investigação no campo da física e química.
- Concepção dinâmica do Universo pelo constante fluir de luzes e cores, dinâmica do universo sob incessantes transformações. Para o impressionista nada existe na realidade de permanente estático.

mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário,devem ser puras e dissociadas no quadro em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se tornar óptica.
Preferência pelos pintores em representar uma natureza morta do que um objeto.




Orientações Gerais que caracterizam o impressionista:

Rompe completamente com o passado.
Inicia pesquisas sobre a óptica/ efeitos(ilusões) ópticas.
É contra a cultura tradicional.
Pertence a um grupo individualizado.
Falam de arte, sociedade, etc: não concordam com as mesmas coisas porém discordam do mesmo.
Vão pintar para o exterior, algo bastante mais fácil com a evolução da indústria, nomeadamente, telas com mais formatos, tubos com as tintas, entre outras coisas.
Grande influência da fotografia no impressionismo e vice-versa.
No impressionismo, a pintura destacada foi responsável pelo movimento das formas nas artes plásticas com Luz Solar desenvolvido entre 1860 a 1980 na França.


Como trabalha um impressionista


O pintor impressionista não está, a rigor, interessado no modelo como ser humano, isto é, no seu delicado complexo contexto de realidades materiais e espirituais. Suas intenções artísticas diante de uma pessoa, serão praticamente as mesmas diante de uma árvore, de um lago, de uma praia, porque sua preocupação exclusiva será observar e fixar as constantes e sutis modificações que a luz do sol produz nas cores da natureza. Coloca seu atelier ao ar livre, numa varanda, num terraço, num jardim, para que se possa receber diretamente a luz do sol. Esses pintores são os chamados PLEIN AIR, ao ar livre. Inovaram no modo de pintar, desenhar e pincelar. Chocam, naturalmente, a sensibilidade conservadora de outros artistas, da crítica e do público parisiense.
Observar e fixar a luminosidade solar dos seus efeitos não constitui novidades absolutas na história da pintura, isto já havia sido intuitivamente feito por diversos artistas do passado, dentro os quais, deve ser citado em primeiro lugar, LEONARDO DA VINCI (1452-1519), lúcido e infatigável, pesquisador da natureza. A originalidade dos impressionistas, está no fato de terem sistematizado estas observações, transformando-as numa teoria da luz e cor, realmente revolucionária e inovadora, em relação às concepções tradicionais que vinham da renascença ,e ainda dominavam na cultura européia da segunda metade do século XIX.


Os pontos invadem as telas


Ávidos de teorias que possam servir de base sólida para as suas realizações, os impressionistas tentam buscar na ciência novas técnicas e princípios de composição. Por volta de 1884, a espontaneidade do estilo das luzes e cores do impressionismo é ameaçada. O neo-impressionismo ou divisionismo começa a substituí-lo. O novo movimento é, paradoxalmente, a continuação e a negação do impressionismo. Baseia-se ainda na cor como elemento principal, mas sugere sua aplicação dentro de um critério mais racional. O divisionismo apoia-se, acima de tudo, no conhecimento científico da cor, na divisão sistemática das cores puras e na fusão óptica dos pigmentos. As cores puras são amplamente utilizadas, como a técnica das pinceladas em forma de pontos, cujas dimensões variam de acordo com a distância que delas deverá ficar o observador.
Embora não obedeçam apenas à percepção sensorial, os divisionistas não abandonam por completo as normas do impressionismo. Pelo contrário, procuram explorar ao máximo as conquistas da cor daquele estilo, a fim de emprega-las, daí por diante, racionalmente. A composição torna-se elemento de fundamental importância. Já não recebe um tratamento meramente ocasional: a intuição é substituída pelo método e pela reflexão. A expressão dos sentimentos continua a ter a sua importância, mas deve, agora, apoiar-se em teorias exatas e técnicas racionais. Essa tendência revela, de certo modo, a preocupação dos pintores do fim do século XIX em colocar o desenvolvimento artístico paralelo ao científico, que passa por grandes transformações.
Um dos maiores representantes do divisionismo é também o seu iniciador, Georges Seurat (1859-1891). O primeiro trabalho divisionista de Seurat exposto ao público, Um domingo na Grande Jatte, apresenta uma violência de contrastes jamais empregada pelos contemporâneos.

Influências
A influência de impressionismo visual na sua contraparte musical é bem discutida. Claude Debussy e Maurice Ravel são considerados, em geral, os maiores compositores impressionistas. Mas, Debussy não concordou com o termo, chamando-o de invenção dos críticos.Erik Satie também foi considerado como parte dos impressionistas, embora o seu método fosse menos sério, e mais uma novidade na sua natureza. Paul Dukas é outro compositor francês às vezes chamado de impressionista mas o seu estilo é talvez mais próximo do final da Era Romântica. Entre outros músicos impressionistas fora da França incluem-se obras de Ralph Vaughan Williams e Ottorino Respighi.
O Impressinismo também influenciou a música de Manuel de Falla, Frederick Delius, Isaac Albéniz, Camille Saint-Saëns, Francis Poulenc; assim como músicos de jazz, como Bill Evans.
O grande precursor do Impressionismo foi o pianista virtuose húngaro Franz Liszt, com obras que continham todas as características básicas do Impressionismo, não podendo ser consideradas Impressionistas apenas porque não eram utilizadas com a mesma intensidade de Debussy e Ravel. Também influenciaram o estilo Grieg e Sinding.
Obras importantes
• Prélude à l'après-midi d'un Faune (Prelúdio à Tarde de um Fauno) - Claude Debussy;
• Estampes - Claude Debussy;
• Suíte Bergamasque - Claude Debussy;
• Pelléas et Mélisande - Claude Debussy;
• La Mer - Claude Debussy;
• Trois Images - Claude Debussy;
• Sonata para Piano e Violino - Claude Debussy;
• Jeux d'Eau - Maurice Ravel;
• Bolero - Maurice Ravel;
• Pavane pour une infante défunte - Maurice Ravel;
• Concerto para Piano em Sol Maior - Maurice Ravel;
• Quateto de Cordas em Fá Maior - Maurice Ravel;
• Rapsódia Espanhola - Maurice Ravel;
• Daphnis et Chloé - Maurice Ravel;
• Le Tombeau de Couperin - Maurice Ravel;
• Gaspard de la Nuit - Maurice Ravel;

Por Muriel Otony e Verbenha Suzart.

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