quarta-feira, 17 de junho de 2009

INTRODUÇÃO



UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
HISTÓRIA DA ARTE




Impressionismo- de Monet a Degas

O Impressionismo no contexto histórico-artístico-cultural


O Ocidente, entre final do século XVIII e início do século XIX, é varrido por uma onda de revoluções liberais, políticas e industriais.
* Toda esta situação vem provocar mudanças, principalmente ao nível político, verificando-se uma maior estabilidade, devido ao triunfo das democracias liberais européias e à consolidação da burguesia.
* Na França, após:
- o Segundo Império (monarquia de Napoleão Bonaparte)
- a Guerra Franco-Prussiana (conflito armado entre a França de Napoleão III e um conjunto de estados germânicos liderados pela Prússia)
- o episódio da Comuna de Paris (primeiro governo operário da história, fundado na capital francesa por ocasião da resistência popular ante à invasão alemã, após a tomada da bastilha, marco inicial da Revolução Francesa). ...
Em 1871, chega a paz, assim como na Itália e na Alemanha.
* Advento da Revolução Industrial e sua expansão pelo mundo: consolidação das grandes indústrias, destacando-se a Inglaterra com a posição de supremacia neste processo.
*Aparecimento das oposições, a saber, o Republicanismo, o Socialismo e o Anarco-Sindicalismo. Isto é, surgimento de idéias que refletiam sobre as contradições de classes, entre trabalhadores e patrões (socialismo, anarquismo...)
- Triunfo da burguesia como classe social hegemônica, preponderante.

* Contudo, as cidades tornam-se símbolos da vida moderna, com os seus caminhos-de-ferro, novos processos de comunicação, novos meios de transporte. Também se verifica a intensificação da vida noturna, sendo que as sociedades se tornaram mais otimistas e amantes do que é moderno. Ou seja, há uma urbanização intensa das principais cidades européias.

* Durante o período que ficou conhecido como Belle Époque, a França era um país sem muitos problemas. Entre 1875 e 1914, verificam-se, então, algumas alterações:
- Crescimento das cidades, tendo Paris como protagonista;
- Canalizações, esgotos, estações e mercados, bem como parques, boulevards e edifícios públicos (ópera) são algumas das obras realizadas;
- A iluminação vem permitir a circulação à noite, sendo, então, possível as exposições estarem abertas até mais tarde;
- Os cafés continuam a ser o centro da vida pública e das tertúlias artísticas e literárias.
* Outras características deste período são o Capitalismo e a industrialização em ascensão, bem como o avanço das ciências e técnicas. São criações desta época o telefone, a eletricidade, o cinema e a fotografia, grandes símbolos de Modernidade.
* Começam a organizar exposições universais, para apresentar as inovações.
* Paris torna-se o centro da vida artística e cultural ocidental.
* Na arte verificaram-se diversas alterações, que mudaram o sentimento do artista perante a obra de arte e, também, perante a Arte em geral.
* Verificam-se um afastamento da Arte em relação ao religioso e político, numa tentativa de aproximação ao indivíduo, enquanto criador e consumidor. Para tal, foi instalado um mercado de arte e estabelecido um círculo de críticos de arte.
* Verifica-se uma revolução nas técnicas, nos objetivos. Acontece, então, o inédito. Surgem duas Tendências Artísticas:
* Por um lado, o conservadorismo acadêmico, os que se diziam os guardadores da verdadeira arte.
* Por outro, os que desejavam inovar, os que estavam sujeitos à não-aceitação por parte dos acadêmicos, mas que acabariam por se impor como corrente/escola e que viriam a ser a base da arte do século XX, o IMPRESSIONISMO.



O Impressionismo foi um movimento cultural surgido no século XIX na pintura, tendo esse nome pois o quadro que deu início a esse movimento foi o quadro Impressão, nascer do sol de Claude Monet em 1872 em que Louis Leroy, amigo de Monet, escrever em uma de suas críticas: "Impressão, Nascer do Sol -eu bem o sabia! Pensava eu, se estou impressionado é porque lá há uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha". A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.








Nesse quadro, disponível no site História da Arte, é possível observar as pinceladas do grande gênio Claude Monet. A natureza é retratada de uma forma bem natural. Uma das características do Impressionismo era combater o lema do Realismo como forma de pintura.

O pintor mais reverenciado do Impressionismo para a critica foi, sem sombra de duvidas Claude Monet.
mas ainda podemos destacar a importancia que tiveram Degas, Renoir e Manet.

Por Ana Angélica Rodrigues e Juliana Figueiredo.

HISTÓRIA DOS PINTORES IMPRESSIONISTAS

CLAUDE MONET(1840-1926)

Oscar-Claude Monet nasceu em Paris, França, 14 de novembro de 1840 e morreu em Giverny, 5 de dezembro de 1926. Ele foi um pintor francês, o mais célebre entre os pintores impressionistas.O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha." . A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.Pintou também a ponte de rio sena. Em 1859, Monet mudou-se para Paris. Frequentava muito o museu do Louvre onde copiava os grandes mestres.
Era visitante assíduo do Museu do Louvre em Paris e até chegou a cursar Artes, porém o conservadorismo da pintura acadêmica não o agradou. Em Paris conheceu Pierre-Auguste Renoir, Frédéric Bazille e Alfred Sisley. Casou-se pela primeira vez com Camile, a qual prenteou com o quadro O vestido verde. Em 1861, ele foi obrigado a servir no Exército na Argélia. Sua tia Lecadre concordou em conseguir sua despensa do serviço caso Monet se comprometesse a cursar Artes na universidade. Ele deixou o exército, mas não lhe agradou o tradicionalismo da pintura acadêmica.
Decepcionado com o ensino da pintura acadêmica na Universidade, em 1862 ele foi estudar artes com Charles Gleyer em Paris, onde conheceu Pierre-Auguste Renoir, Frédéric Bazille e Alfred Sisley. Juntos desenvolveram a técnica de pintar o efeito das luzes com rápidas pinceladas, o que mais tarde seria conhecido como impressionismo.

Claude Monet deixou o mundo em 1926 por causa de uma catarata. Foi um dos mais célebres pintores da história da arte.


EDOUARD MANET(1832-1833)

Edouard Manet também é francês de Paris, nasceu em 23 de janeiro de 1832, e morreu na mesma cidade a 20 de abril de 1883. Nascido em uma família burguesa, Manet cresceu com todos os privilégios de boa saúde e educação, mas escolheu tornar-se um artista em vez de seguir os passos do pai e do avô no Direito. Entre 1850 e 1856 começa a estudar no ateliê de Thomas Couture. Naquela época Manet só encontrou receptividade entre os impressionistas.Manet também pintava cenas dentro dos cafés, dos boulevards e dos teatros.
Manet fez inúmeros quadros internos no final de 1870. Embora o assunto e o trabalho dos pincéis fossem no estilo Impressionista, ele voltava sempre com as cores cinza, preto e branco em sua paleta. Esse quadro foi um escândalo após ser pintado. Mas o gênio deu grandes colaborações à arte de pintar pela singeleza, aptidão e ousadia.Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista. Prefere os jogos de luz e de sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, muito diferente dos nus adocicados da época. O trabalhado das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, e, em certos quadros, seguiam a estética naturalista de Zola e Maupassanat. Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Freqüentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta sua liberação das associações literárias tradicionais, cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fato de ser considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo, Olímpia, A sacada, O tocador de pífaro e A execução de Maximiliano. Logo de início não de considerava impressionista. Outro quadro bem famoso dele é Camile , observe a beleza que as pinceladas dão ao quadro. Esse é um dos traços do Impressionismo. Assim como Claude Monet (não vá confundir os nomes, héin!)tinha aversão ao tradicionalismo da pintura acadêmica daquela época.

EDGAR DEGAS(1834-1917)

Edgar Degas nasceu em Paris em 19 de julho de 1834. Provindo da rica família de banqueiros, teve a educação padrão da classe alta no Lycée Louis le Grand. Depois de estudar direito por pouco tempo, decidiu tornar-se um artista, trabalhando com mestres conceituados e passando muitos anos na Itália, considerada então a "escola de aperfeiçoamento" das artes.
Depois da sua longa visita a Itália, onde não se absteve de estudar e até mesmo copiar as obras dos mais distintos pintores do Renascimento italiano, Degas regressou a Paris. Enfasiado pela arte renascentista e barroca, passou a ir frequentemente ao Museu do Louvre, onde estudou as obras de pintores, seus precedentes, de toda a Europa, sem exceptuar Nicolas Poussin, Dominique Ingres, Leonardo da Vinci, Hans Memling, Ticiano, Anthony van Dyck,Joshua Reynolds, Hubert Robert, John Constable e outros mestres. Mas, em 1870, a vida de Degas mudou algo, aquando da Guerra Franco-Prussiana. Na guerra, entre duas das maiores potências europeias - embora em declínio - que Degas serviu, na Guarda Nacional, na artilharia, agindo na defesa de Paris. Estava ali junto a Henri Rouart. Os dois ficaram instalados na casa de uns amigos da família De Gas (ou, abreviadamente, Degas), de nome Valpiçon. Foi aqui, em Ménil-Hubert, na Normandia, que Degas trabalhou em Retrato da jovem Hortense Valpiçon. O quadro revela uma assimetria semelhante a A dama dos crisântemos,que, por sua vez, retrata a mãe de Hortense, a famosa Madame Valpiçon. Esta temporada marcou o interesse maior do aristocrata pela pintura histórica. Repare na singeleza como ele pintou esse quadro! Esse ainda é um de seus quadros baseados nos modelos tradicionais. Veja-se então este: Note como ele representa a mulher. Ela tem traços frescos, de uma luminosidade especial. É o famoso quadro "Mulher penteando seu cabelo". Degas é considerado vulgarmente como um dos impressionistas, todavia, tal afirmação revela-se um erro, visto que o autor nunca adotou o leque de cores típico dos impressionistas, proposto por Monet e Boudin, e para além disso desaprovou vários trabalhos seus. Pelo contrário, Degas misturava o estilo impressionista - inspirado em Manet - com inspirações conservadoras, com bases assentes na Renascença italiana e no Realismo francês. Mas à semelhança de muitos modernistas - desta época ou de outras, veja-se Matisse, que viveu posteriormente -, inspirou-so muito nas odaliscas de Dominique Ingres.
Degas era um aristocrata, um homem de famílas típicas, um descendente de banqueiros napolitanos. Portanto, os seus trabalhos, do início da sua carreira, foram bem aceitos pela crítica e pela aristocracia restante que se espantava ao ver o talento daquetrile génio. Sem dúvida, a sua classe social influenciava na aceitação dos seus trabalhos. Desde cenas do cotidiano doméstico às frenéticas ruasde Paris, desde a Bolsa de Nova Orleans à pintura histórica, desde as corridas de cavalo a mulheres passando a ferro, todas as suas obras eram bem aceitas e de extrema reputação.
Contudo, tal viria a mudar depois da concepção de Place de La Concorde. Enquanto nos seus antigos quadros surgem com bastante dinamismo, a composição deste não permitiu tal coisa. As figuras deslocam-se, perece, vagarosamente - o que é óbvio pois representava um passeio. Existe uma quase ausência de personagens na praça parisiense. Figuram duas meninas que não se sabe a quem pertencem, de onde vêm nem para onde vão. Demonstram um sorriso implacável e constrangedor, comparável ao de Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Dois velhos de cara triste, deambulando com cortola posta, e barba arranjada, muito ecléticos. Parecem infelizes. E esta atmosfera triste realça-se mais com os trajes dos personagens, cinzas ou pretos.
Não se sabe ao certo como reagiram as pessoas ao quadro, sabe-se porém, que ficaram eternizadas expressões de cansaço, no público. Pareciam tristes ao ver a obra. Degas já não era a mesma coisa.

PIERRE-AUGUSTE RENOIR (1841-1919)

Pierre-Auguste Renoir nasceu em 1845. Proveniente de uma família humilde viria a ser um dos maiores pintores do Impressionismo mundial. Considerado por muitas vezes "Mestre das luzes". Pierre-Auguste Renoir começou a pintar rudimentarmente estampas em tecidos em 1858. Em 1862 foi admitido na École des Beaux-Arts de Paris. Em 1866 seu quadro foi desclassificado no Salão oficial das artes.
Em 1870 participou da guerra contra a invasão prussiana da França.
Repare na luminosidade desse quadro de Renoir. Os grandes mestres da Luminosidade estão no Impressionismo. Para eles era de suma importância mostrar que luminosidade tinha certo indivíduo na frente do sol. Em 1874, Renoir e outros artistas (como Manet, Degas e Pissarro) enfim organizaram a exposição dos impressionistas. Na década de 80 do século XIX casou com a modelo Aline Charigot . No ano seguinte pintou "Rosa e azul" . O quadro foi encomendado pelo banqueiro Louis Raphael Cahen d'Anvers, pai das meninas que aparecem no quadro - Alice e Elisabeth Cahen d'Anvers. A família não gostou do quadro que hoje faz parte da coleção do Masp (Museu de São Paulo).Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade.A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette

Por Miriam Menezes e Jaciara Caldas

CARACTERÍSTICAS DO IMPRESSIONISMO




OBS: Se você clicar em cima do texto abaixo você entra automaticamente na galeria on-line de Vicent van Gogh, outro impressionista maravilhoso.

A pintura deve mostrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz do sol num determinado momento, pois as cores da natureza mudam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
É também com isto uma pintura instantânea(captar o momento), recorrendo, inclusivamente à fotografia.
As figuras não devem ter contornos nítidos pois o desenho deixa de ser o principal meio estrutural do quadro passando a ser a mancha/cor.
As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam. O preto jamais é usado em uma obra impressionista plena.
Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim um amarelo próximo a um violeta produz um efeito mais real do que um claro-escuro muito utilizado pelos academicistas no passado. Essa orientação viria dar mais tarde origem ao pontilhismo.
As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário,devem ser puras e dissociadas no quadro em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se tornar óptica.
Preferência pelos pintores em representar uma natureza morta do que um objeto



Os impressionistas rompem os antigos preceitos

Subvertendo a ordem estabelecida pelos que os precederam, os impressionistas realizam, em fins do século XIX, uma das tentativas mais sérias de explorar o mundo visível através da arte. Buscando, acima de tudo, a revelação de novas imagens, não se contentam simplesmente em reproduzir a realidade. Quebram de uma vez com os antigos preceitos: ordenar o mundo a partir do modelo convencional, obedecer à simetria e proporção ditadas por um julgamento racional. No impressionismo, as paisagens são examinadas, estudadas e sentidas tão somente pelos olhos do artista que, inteiramente livre de conceitos geométricos, irá obedecer apenas à sua percepção sensorial no momento de reproduzir o que viu. Essa tendência para a liberdade de expressão causa, na época de seu aparecimento, inúmeras polêmicas e críticas. Apesar disso, é grande o número de artistas que acaba aderindo à nova maneira de observar e pintar as coisas. Seguindo o exemplo das figuras mais importantes do movimento, como Monet, Renoir, Degas e Manet, vão surgindo cada vez mais adeptos do impressionismo, entre eles nomes que se tornariam famosos, como Alfred Sisley, Camille Pissarro, Berthe Morisot, Mary Cassat e Eva Gonzalès.

Princípios da pintura impressionista

- A cor não é uma qualidade permanente na natureza, porque suas tonalidades estão constantemente mudando, sob a ação da luz solar.
- A linha não existe na natureza, é uma abstração criada pelo espírito do homem para representar suas imagens visuais;
- As sombras não são pretas nem escuras como foram convencionalmente representadas no passado, mas luminosas e coloridas;
- A aplicação dos contrastes das cores, com reflexos luminosos, segundo a lei das complementares;
- A dissociação ou mistura ótica das cores em substituição à mistura das tintas na paleta - pontilhismo, divisionismo ou neo-impressionismo.

Características gerais

- Inspiração realista, pinta somente o que vê;
- Caráter eminentemente visual, não se interessa pelos valores subjetivos, psicológicos ou intelectuais, o impressionista é considerado um artista alienado dos problemas sociais;
- Natureza científica resultante de simples intuição artística, a princípio é comprovado por investigação no campo da física e química.
- Concepção dinâmica do Universo pelo constante fluir de luzes e cores, dinâmica do universo sob incessantes transformações. Para o impressionista nada existe na realidade de permanente estático.

mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário,devem ser puras e dissociadas no quadro em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se tornar óptica.
Preferência pelos pintores em representar uma natureza morta do que um objeto.




Orientações Gerais que caracterizam o impressionista:

Rompe completamente com o passado.
Inicia pesquisas sobre a óptica/ efeitos(ilusões) ópticas.
É contra a cultura tradicional.
Pertence a um grupo individualizado.
Falam de arte, sociedade, etc: não concordam com as mesmas coisas porém discordam do mesmo.
Vão pintar para o exterior, algo bastante mais fácil com a evolução da indústria, nomeadamente, telas com mais formatos, tubos com as tintas, entre outras coisas.
Grande influência da fotografia no impressionismo e vice-versa.
No impressionismo, a pintura destacada foi responsável pelo movimento das formas nas artes plásticas com Luz Solar desenvolvido entre 1860 a 1980 na França.


Como trabalha um impressionista


O pintor impressionista não está, a rigor, interessado no modelo como ser humano, isto é, no seu delicado complexo contexto de realidades materiais e espirituais. Suas intenções artísticas diante de uma pessoa, serão praticamente as mesmas diante de uma árvore, de um lago, de uma praia, porque sua preocupação exclusiva será observar e fixar as constantes e sutis modificações que a luz do sol produz nas cores da natureza. Coloca seu atelier ao ar livre, numa varanda, num terraço, num jardim, para que se possa receber diretamente a luz do sol. Esses pintores são os chamados PLEIN AIR, ao ar livre. Inovaram no modo de pintar, desenhar e pincelar. Chocam, naturalmente, a sensibilidade conservadora de outros artistas, da crítica e do público parisiense.
Observar e fixar a luminosidade solar dos seus efeitos não constitui novidades absolutas na história da pintura, isto já havia sido intuitivamente feito por diversos artistas do passado, dentro os quais, deve ser citado em primeiro lugar, LEONARDO DA VINCI (1452-1519), lúcido e infatigável, pesquisador da natureza. A originalidade dos impressionistas, está no fato de terem sistematizado estas observações, transformando-as numa teoria da luz e cor, realmente revolucionária e inovadora, em relação às concepções tradicionais que vinham da renascença ,e ainda dominavam na cultura européia da segunda metade do século XIX.


Os pontos invadem as telas


Ávidos de teorias que possam servir de base sólida para as suas realizações, os impressionistas tentam buscar na ciência novas técnicas e princípios de composição. Por volta de 1884, a espontaneidade do estilo das luzes e cores do impressionismo é ameaçada. O neo-impressionismo ou divisionismo começa a substituí-lo. O novo movimento é, paradoxalmente, a continuação e a negação do impressionismo. Baseia-se ainda na cor como elemento principal, mas sugere sua aplicação dentro de um critério mais racional. O divisionismo apoia-se, acima de tudo, no conhecimento científico da cor, na divisão sistemática das cores puras e na fusão óptica dos pigmentos. As cores puras são amplamente utilizadas, como a técnica das pinceladas em forma de pontos, cujas dimensões variam de acordo com a distância que delas deverá ficar o observador.
Embora não obedeçam apenas à percepção sensorial, os divisionistas não abandonam por completo as normas do impressionismo. Pelo contrário, procuram explorar ao máximo as conquistas da cor daquele estilo, a fim de emprega-las, daí por diante, racionalmente. A composição torna-se elemento de fundamental importância. Já não recebe um tratamento meramente ocasional: a intuição é substituída pelo método e pela reflexão. A expressão dos sentimentos continua a ter a sua importância, mas deve, agora, apoiar-se em teorias exatas e técnicas racionais. Essa tendência revela, de certo modo, a preocupação dos pintores do fim do século XIX em colocar o desenvolvimento artístico paralelo ao científico, que passa por grandes transformações.
Um dos maiores representantes do divisionismo é também o seu iniciador, Georges Seurat (1859-1891). O primeiro trabalho divisionista de Seurat exposto ao público, Um domingo na Grande Jatte, apresenta uma violência de contrastes jamais empregada pelos contemporâneos.

Influências
A influência de impressionismo visual na sua contraparte musical é bem discutida. Claude Debussy e Maurice Ravel são considerados, em geral, os maiores compositores impressionistas. Mas, Debussy não concordou com o termo, chamando-o de invenção dos críticos.Erik Satie também foi considerado como parte dos impressionistas, embora o seu método fosse menos sério, e mais uma novidade na sua natureza. Paul Dukas é outro compositor francês às vezes chamado de impressionista mas o seu estilo é talvez mais próximo do final da Era Romântica. Entre outros músicos impressionistas fora da França incluem-se obras de Ralph Vaughan Williams e Ottorino Respighi.
O Impressinismo também influenciou a música de Manuel de Falla, Frederick Delius, Isaac Albéniz, Camille Saint-Saëns, Francis Poulenc; assim como músicos de jazz, como Bill Evans.
O grande precursor do Impressionismo foi o pianista virtuose húngaro Franz Liszt, com obras que continham todas as características básicas do Impressionismo, não podendo ser consideradas Impressionistas apenas porque não eram utilizadas com a mesma intensidade de Debussy e Ravel. Também influenciaram o estilo Grieg e Sinding.
Obras importantes
• Prélude à l'après-midi d'un Faune (Prelúdio à Tarde de um Fauno) - Claude Debussy;
• Estampes - Claude Debussy;
• Suíte Bergamasque - Claude Debussy;
• Pelléas et Mélisande - Claude Debussy;
• La Mer - Claude Debussy;
• Trois Images - Claude Debussy;
• Sonata para Piano e Violino - Claude Debussy;
• Jeux d'Eau - Maurice Ravel;
• Bolero - Maurice Ravel;
• Pavane pour une infante défunte - Maurice Ravel;
• Concerto para Piano em Sol Maior - Maurice Ravel;
• Quateto de Cordas em Fá Maior - Maurice Ravel;
• Rapsódia Espanhola - Maurice Ravel;
• Daphnis et Chloé - Maurice Ravel;
• Le Tombeau de Couperin - Maurice Ravel;
• Gaspard de la Nuit - Maurice Ravel;

Por Muriel Otony e Verbenha Suzart.

MÚSICA E LITERATURA

MÚSICA IMPRESSIONISTA
FOTO DE CLAUDE DEBUSSY. Sua música mais famosa foi Revérie.




Música impressionista é o nome dado ao movimento da música clássica européia que surgiu no fim do Século XIX e continuou até o meio do Século XX. Originando-se na França, música impressionista é caracterizada por sugestão e atmosfera, e abstem os excessos emocionais da Era Romântica. Compositores impressionistas preferiam composições com formas mais curtas, tais como o nocturne, arabesque, e o prelúdio; além disto, freqüentemente exploravam escalas, como a escala hexafônica.
A influência de impressionismo visual na sua contraparte musical é bem discutida. Claude Debussy e Maurice Ravel são considerados, em geral, os maiores compositores impressionistas. Mas, Debussy não concordou com o termo, chamando-o de invenção dos críticos.Entre outros músicos impressionistas fora da França incluem-se obras de Ralph Vaughan Williams e Ottorino Respighi.
Música impressionista.


O Movimento Impressionista na música, foi um movimento na música clássica européia, principalmente na França, que se iniciou no meio do Século XIX e continuou até o meio do Século XX. Assim como o seu percursor em artes visual, música impressionista focalizou mais na sugestão e atmosfera do que na forte emoção ou ilustração da história como em Música de programa. Música impressionista surgiu de uma reação aos excessos da Era Romântica. Enquanto este período foi caracterizado como uma Era do uso dramático do sistema das escalas maior e menor, música impressionista tende a fazer mais uso de dissonância com escalas não tão comuns, tal como a escala hexafônica. Compositores românticos também usaram formas longas de música, como a sinfonia e o concerto. Enquanto os compositores impressionistas preferiram formas menores.FOTO DE MAURICE RAVEL, autor do pomposo Bolero.

Assista então agora ao famoso e pomposo Bolero de Ravel, uma das mais famosas músicas do Impressionismoe, sobretudo da genialidade que foi Ravel.
Saiba mais sobre Ravel em http://pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Ravel
E então, gostou? Então comente!


LITERATURA IMPRESSIONISTA

Na Literatura, o Impressionismo derivou do Realismo, e o termo, só recentemente posto em uso por críticos e nsaístas, tem servido para situar escritores até então sem uma classificação definida. Assim, a mesma indefinição do detalhe, do objeto, tanto na Pintura como na Música, é observada na Literatura. O escritor passa a lidar com “estados de alma”, no dizer de Hibbard, e até o enredo fica subordinado à situação daqueles “momentos”. A sintaxe perde a sua estruturação clara e é apenas esquematizada, levando em conta as necessidades expressivas para a captaçào do mundo subjetivo que o escritor quer retratar. Amado Alonso no ensaio Impressionismo em el Lenguaje, mostra que não há propriamente uma linguagem impressionista, mas algumas preferências por expressões subjetivas, simbólicas, que servem para aproximar certos escritores. E aponta o exemplo, muitas vezes freqüente, do abandono da ordem lógica da frase. E mais: o tratamento verbal para que o leitor tenha a sensação, não de uma descrição objetiva e onisciente do autor e sim de testemunha dos fatos apresentados. Assim, muitas vezes, escritores que à primeira vista pareciam tão distantes em sua maneira de concepção, podem ser aproximados por uma característica afim do estilo. No caso, Katherine Mansfield, Marcel Proust e outros. Foto de Marcel Proust, um dos mais importantes escritores impressionistas.


Os impressionistas, na literatura também tinham muita ligação com o Simbolismo. Para Sergius Gonzaga, no site Terra e Literatura, o romance brasileiro O Ateneu, do suposto realista Raul Pompéia seria uma obra do Impressionismo pelo caráter não-neutro que há no folhetim. Portanto, se o Realismo não concebe um estilo não-neutro, esse seria um romance totalmente impressionista.



PARA TERMINAR A SUA VISITA À NOSSA GALERIA DE ARTE ON-LINE VEJA AGORA ALGUNS DOS QUADROS MAIS FAMOSOS DO IMPRESSIONISMO:




Por Gabriel Nascimento, Josenilda Costa e Evanilda Dias.




Galeria Impressionismo- de Monet a Degas
Universidade Estadual de santa Cruz-UESC
Departamento de Letras e Artes
História da Arte
Prof. Guilherme de Albagli
Grupo Impressionismo da disciplina História da Arte:

Gabriel Nascimento
Verbenha Suzart
Muriel Otony
Josenilda Costa
Juliana Figueiredo
Miram Menezes
Ana Angélica Rodrigues
Jaciara Caldas



CLIQUE EM CIMA DELES E VISITE O BLOG DA REDAÇÃO.